Ir direto para menu de acessibilidade.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o ufabc.edu.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies.

Para ter mais informações como isso é feito, acesse a Norma de uso de cookies nos Portais da UFABC.

ACEITAR
Página inicial > Divulgação Científica > Destaques > Modo de interação com luz solar pode afetar percepção humana das cores
Início do conteúdo da página

Modo de interação com luz solar pode afetar percepção humana das cores

Publicado: Quarta, 25 de Julho de 2018, 16h02

Pesquisa em neurociência da professora da UFABC Claudia Feitosa-Santana mostra que a vivência com a luz do sol, na infância — especialmente no primeiro ano de idade — ou por longos períodos na vida adulta, exerceria influência sobre preferências e percepção humana relacionadas com as cores. Dados do estudo indicam que viver em um ambiente com muita ou pouca luminosidade natural, de algum modo, pode modificar a forma como percebemos o mundo e, particularmente, como lidamos com as cores. Segundo a neurocientista, isso explicaria porque diante de uma mesma imagem pessoas vêem cores diferentes.

Esse fenômeno chamou a atenção no início de 2015, quando a foto de um vestido espalhou uma controvérsia pela internet, já que enquanto alguns identificavam a roupa como azul e preta, outros a viam branca e dourada. Na pesquisa coordenada por Claudia, jovens universitários com média de 22 anos nomearam as cores do vestido projetado em uma tela e, em outro teste, misturaram as cores verde, vermelho, azul e amarelo num computador até chegarem aos tons que viam no traje. Em etapa complementar do experimento, os voluntários voltavam a mesclar as cores até alcançar o que considerassem ser o branco mais puro possível, dentre vários testes como, por exemplo, o de preferência de cores.

Os dados mostraram que ao determinar o branco mais puro, o grupo que via o vestido branco e dourado acrescentou mais azul do que aquele do azul e preto. A diversidade de percepção entre os grupos estava parcialmente vinculada ao “cone S”, que é o receptor responsável pelo processamento de ondas curtas de luz (faixa do azul) na retina. Segundo a professora, outro resultado interessante foi a associação entre ver o vestido branco e dourado com a maior preferência por azul claro.

Claudia afirma que foi possível verificar que todos os resultados se relacionavam com a percepção do azul, o que levou à hipótese de que diferentes experiências de exposição ao sol na infância ou ao longo da vida afetam a percepção das cores. “O cérebro das pessoas que crescem ou vivem em regiões mais frias, onde a luz é mais azulada, pode dar um desconto e elas tendem a ver o vestido como branco e dourado. Por outro lado, quem nasce em localidades com luz mais amarelada, regiões quentes, geralmente enxerga como azul e preto” — explica a cientista.

Mais informações em vídeo no canal da UFABC no Youtube.

Assessoria de Comunicação e Imprensa

 

Registrado em: Destaques
Fim do conteúdo da página