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Análise da Socialização entre Videntes e Cegos Durante Aulas de Física em uma Escola Polo de Santo André

Alunos videntes continuam tendo dificuldades em aprender determinados conceitos físicos e os alunos cegos podem sequer identificar alguns fenômenos, devido as suas necessidades especiais. O proposto pela legislação - Educação de Qualidade - não condiz com o oferecido, principalmente para os Deficientes Visuais (DVs), que muitas vezes dispõe de professores despreparados para trabalhar com suas necessidades especiais.

Desta maneira, averiguamos a existência de obstáculos na aprendizagem de alunos DVs, ao frequentarmos uma escola polo de ensino de DV na cidade de Santo André, tínhamos por hipótese, que os alunos DVs possuem uma limitação causada pela cegueira, mas isso não prejudica a aprendizagem de todo e qualquer conceito físico, porém necessitam de materiais e métodos adaptados as suas necessidades individuais.

Durante a pesquisa, verificamos que não são oferecidas as mesmas oportunidades de aprendizagem a todos os alunos, durante as aulas de Física, pois a formação inicial e continuada dos professores, ainda é deficitária e desta maneira não colabora com a prática de um ensino inclusivo, ao lecionarem sem a presença de materiais adaptados e utilizando recursos visuais como principal ferramenta para que os alunos construam conhecimento. Além disso, as atuais políticas públicas também não contribuem para o ensino inclusivo, pois diminuem a cada ano a carga horária dos professores da sala de recursos, dificultando a execução de proposta para sanar os problemas de oportunidades entre os alunos, que é a viabilização do uso de experimentos adaptados no contexto escolar, possibilitando uma equiparação de oportunidades entre todos os alunos.

Desta maneira, destacamos que o uso de materiais adaptados pode proporcionar uma maior integração entre os alunos e um ensino mais equitativo, porém para que isso ocorra, é desejável que os professores de Física baseiem as suas aulas nestes experimentos adaptados e que os professores da sala de recursos possam colaborar com a implementação destes materiais adaptados.

Em virtude disso, considera-se relevante a formação continuada dos professores, para que com a melhoria de sua prática pedagógica, o ambiente de sala de aula seja um local que envolva os alunos videntes e os alunos cegos em um processo de ensino-aprendizagem que atinja as particularidades de cada aluno, que é essencial para obtermos a equiparação de oportunidade entre todos os alunos.

Ricardo Silva Salmazo

Perfil

Ricardo Silva Salmazo

Graduado em Licenciatura em Física pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Mestrado em Ensino, História e Filosofia das Ciências e Matemática pela Universidade Federal do ABC. Atualmente desenvolve pesquisas voltadas para a Inclusão e Ensino de Física para Cegos, além de atuar como professor de física da rede pública e particular de ensino.

Registrado em: Pesquisas de Egressos
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