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Professor da UFABC integra equipe de megaprojeto científico

Publicado: Sexta, 12 de Setembro de 2008, 10h46

Considerada a maior máquina construída na história da humanidade, o LHC (Grande Colisor de Hádrons) iniciou na última quarta (10/11) suas atividades no subsolo da fronteira da França com a Suíça. O acelerador de partículas produzirá colisões entre prótons a fim de desvendar alguns dos maiores mistérios da ciência moderna.

Apontar a origem da massa e comprovar a existência de uma outra dimensão são alguns dos desafios da supermáquina construída nas últimas décadas com a colaboração de mais de 40 países.

Pesquisadores brasileiros vão participar dos experimentos que serão realizados no acelerador e da análise dos dados obtidos pelo LHC. Um deles, o professor da UFABC Eduardo Gregores, membro fundador do Centro Regional de Análises de São Paulo (SPRACE), explica, na entrevista a seguir, o funcionamento do aparelho e as eventuais implicações dos resultados obtidos.

 

Quais são os principais objetivos das experiências do LHC?

O projeto visa, entre outros objetivos, a obtenção de respostas sobre a origem das massas das partículas que compõe toda a matéria. Isso poderá ser obtido por meio da confirmação da existência do bóson de Higgs, partícula que hipoteticamente daria massa a todas as outras. Outra hipótese a se comprovar é a constatação da existência de uma quarta dimensão espacial, além das três existentes, o que poderia levar, por exemplo, a criação de buracos negros.

 

Quais são as conseqüências dessas experiências?

Os resultados provenientes desse estudo no cotidiano das pessoas ainda não podem ser mensurados. Quando os físicos de partículas do CERN criaram o WWW em 1989, eles jamais imaginariam o impacto que isso teria em toda a sociedade apenas alguns anos mais tarde. Nosso objetivo é descobrir como a natureza funciona. O que o mundo vai fazer com as descobertas que virão, simplesmente não sabemos. Mesmo porque nem sabemos o que vai ser descoberto.

 

Como surgiu a idéia da máquina e qual parte caberá aos cientistas brasileiros no projeto?

O planejamento do acelerador de partículas remonta a meados dos anos 80. Tem, portanto, cerca de 25 anos. Vêm trabalhando nesse projeto, em diversas frentes de estudo, cientistas de dezenas de países. Participo desse esforço mundial na condição de membro da colaboração experimental CMS (Compact Muon Solenoid). Tenho visitado periodicamente as instalações na Suíça, e, aqui no Brasil, utilizo a infra-estrutura de pesquisa da UFABC e do Centro de Regional de Análises de São Paulo (SPRACE), construído com auxilio da FAPESP através de Projeto Temático. O SPRACE é a contribuição de nosso grupo para a realização do experimento, participando da estrutura globalmente distribuída de processamento, armazenamento e análise dos dados do experimento, o LHC Computing Grid.

 

Em que nível está a estrutura da participação brasileira no projeto?

Somos, ao todo, cerca de 40 cientistas aqui no Brasil estudando os resultados do LHC, participando dos quatro experimentos que estão sendo conduzidos, CMS, ATLAS, LHCb e ALICE. Em São Paulo, existem pesquisadores da Unesp, USP e UFABC participando do experimento CMS, e pesquisadores da USP e Unicamp participando do experimento ALICE. No Rio de Janeiro, temos também pesquisadores da UERJ, e CBPF participando do CMS junto conosco, pesquisadores do CBPF e UFRJ participando do LHCb e pesquisadores na UFRJ participando do ATLAS.

Assessoria de Comunicação e Imprensa
UFABC

12/09/2008

Registrado em: Notícias
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