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A Filosofia e seu Ensino: Reflexões a partir da perspectiva Merleau-Pontyana sobre filosofia e história da filosofia

Reflexões sobre os resultados da pesquisa de Iniciação Científica (Edital PIC/UFABC nº 2/2011) do graduando Rafael Cavalcanti Braga, sob a orientação da professora Patrícia Del Nero Velasco (Filosofia – CCNH), foram publicadas no número 130 (Dezembro de 2014) da Kriterion, Revista de Filosofia. Publicação do Departamento de Filosofia da UFMG e Qualis/Capes A2 na área, a Kriterion é a revista de filosofia mais antiga do Brasil.

O artigo “A filosofia e seu ensino: reflexões a partir da perspectiva Merleau-Pontyana sobre filosofia e história da filosofia” está disponível no seguinte link: http://www.scielo.br/pdf/kr/v55n130/11.pdf.

A pesquisa teve como objetivo investigar possíveis relações entre filosofia e ensino de filosofia a partir das ideias de Merleau-Ponty sobre outra relação, a saber, entre a filosofia e sua história. Para o filósofo em questão, cabe à história, para saber do que fala, não se restringir aos relatos empíricos dos fatos, mas, contrariamente, buscar compreender – através da filosofia – a significação destes fatos. À filosofia, por sua vez, só existe se buscar suas verdades na trama histórica dos acontecimentos. E a história da filosofia passa a ser entendida, portanto, como filosófica.

Se a própria história da filosofia forma-se de sedimentação e reconstituição de sentidos, um ensino filosófico da filosofia e de sua história está constantemente em trânsito, refletindo seus fundamentos teóricos e sua práxis – constituindo-se, por conseguinte, como filosofia. Rompe-se, assim, com a dicotomia estabelecida entre o professor de filosofia e o filósofo. Para que se tenham aulas efetivamente filosóficas de filosofia, o professor deve fazer daquelas um momento de produção filosófica, no qual se estabelece um diálogo entre o professor, os alunos, os filósofos clássicos e a história da filosofia.

Os filósofos clássicos respondem às inquietações de seus tempos e nos ensinam a responder as nossas. Neste sentido, professores e alunos praticam a filosofia, sendo – tal qual o leitor da história filosófica da filosofia –, filósofos. Se Merleau-Ponty assinala brechas nas filosofias para que o pensamento do leitor se aloje, como insistir em uma aula de filosofia em que não há lugar para o ainda não pensado? Como ensinar filosofia sem interpelar a vida? O ensino da filosofia também não se acha preservado da vida; não se quer preservado do ser humano.

Atualmente, as reflexões acerca do ensino de filosofia estão cada vez mais presentes nos debates sobre a educação. Desta maneira, pensar o ensino de filosofia para além da mera transmissão e do acúmulo de conteúdos, fomentando o olhar crítico, e possibilitando o diálogo e a criação filosófica em sala de aula, se mostra como a real possibilidade de relacionar teoria e prática nesta área do conhecimento, que apesar de ser milenar, é sempre capaz de nos trazer algo novo. Portanto, as linhas de pesquisa que seguem por este caminho se tornam relevantes, porque buscam compreender os problemas educacionais contemporâneos e, ao mesmo tempo, indicar soluções.

Rafael Cavalcanti Braga

Perfil

Rafael Cavalcanti Braga

Graduado no Bacharelado em Ciências e Humanidades e atualmente está matriculado no Bacharelo em Filosofia pela UFABC. Já realizou duas iniciações científicas pela Universidade, ambas na área de Filosofia da Educação, sendo a segunda delas a que deu origem a este artigo publicado na Revista Kriterion.

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