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Pesquisadora da UFABC conquista prêmio na área de medicina veterinária homeopática

Publicado: Sexta, 22 de Dezembro de 2017, 17h00

A aluna Denise Pastorello, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biotecnociência da UFABC, foi a vencedora do Prêmio de Excelência Científica concedido pela Associação Médica Veterinária Homeopática Brasileira, durante o 8º Congresso Brasileiro de Homeopatia Veterinária, realizado na cidade de Londrina/PR, entre os dias 23 e 26 de novembro de 2017. 

Seu estudo, realizado sob a orientação da professora Elizabeth Teodorov (CMCC-UFABC), versa acerca do Transtorno do Espectro Autista, cujos sintomas são caracteristicamente comportamentais – os portadores são indivíduos que apresentam, particularmente, déficits na interação social e em aspectos cognitivos. Foi analisada a hipótese de tratamento homeopático, uma especialidade reconhecida tanto na medicina humana quanto na veterinária, “embora ainda seja alvo de preconceitos por parte de muitos pesquisadores, que a consideram uma pseudociência”, segundo a professora Elizabeth. 

Na pesquisa foi utilizado o modelo experimental de autismo induzido por LPS (uma lipoproteína presente na parede celular de bactérias e que, em contato com o organismo humano/animal, causa um robusto processo inflamatório), no qual ratas que recebem LPS nos 9,5 dias de gestação aumentam a predisposição dos filhotes de nascerem com alterações comportamentais autísticas. 

Trabalharam em colaboração com esse projeto, que recebe apoio da FAPESP, as professoras Maria Martha Bernardi (pioneira no Brasil em estudos comportamentais autísticos induzidos pelo LPS pré-natal, professora visitante sênior na UFABC entre 2012-2016 e atual professora da UNIP) e Cidéli de Paula Coelho Pinheiro (UNISA), uma das maiores autoridades sobre homeopatia veterinária no Brasil. Ainda nesse cenário, o trabalho do professor Thiago Berti Kirsten (UNIP) usou o mesmo modelo de LPS pré-natal e observou grave hipozincemia nas mães (diminuição dos níveis de zinco, importante mediador do sistema imunológico). Observou-se, então, que a administração de zinco alopático nas mães reverteu alguns prejuízos comportamentais nas proles. As pesquisadoras da UFABC trabalharam, portanto, com a hipótese de que a administração do zinco homeopático (Zincum metallicum) nas ratas gestantes também pudesse melhorar o comportamento autístico nas proles. Como em homeopatia trabalha-se com o princípio da semelhança (‘semelhante cura semelhante’) e com potências dos medicamentos, administrou-se Zincum metallicum 5CH (tratamento de sintomas agudos e físicos) e 30CH (tratamento de sintomas crônicos e mentais) nas ratas gestantes uma hora após terem recebido LPS. 

Os resultados – objetos do prêmio recebido – foram que o tratamento homeopático reverteu os prejuízos comportamentais tipo autísticos das proles dessas ratas. “Não se pode falar em cura, mas sim, em melhoria da qualidade de vida, tanto de pacientes quanto de seus cuidadores. E isso tanto para humanos quanto para animais, particularmente os ‘pets’ – onde ainda também existem divergências no diagnóstico desse transtorno”, explica a professora Elizabeth. 

Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC 

Matéria corrigida em 20/2/2018, às 10h30.

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