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Tabelinha entre ciência e futebol em livro de professor da UFABC ensina Física a jovens do Ensino Médio

Publicado: Terça, 27 de Março de 2012, 13h45
O lateral da Seleção Brasileira Roberto Carlos prepara cobrança de falta durante a estreia do Brasil contra a França em torneio preparatório para a Copa de 1998.
Fazer um gol a partir de uma infração marcada a 35 metros de distância da meta defendida por Fabian Barthez seria uma façanha mesmo para o potente chute do ala do Real Madri.   Roberto Carlos então toma uma distância maior do que a da barreira adversária em relação à bola e o que vem a seguir se tornou um lance histórico capaz de ao mesmo tempo suscitar discussões em botecos e laboratórios de mecânica de todo o mundo.  

O petardo de Roberto descreve uma curva incomum de um modo que, vista pelo ângulo de câmeras colocadas às costas do jogador, dá a falsa impressão de que a bola seguirá o rumo da bandeirinha de escanteio. No entanto, subitamente, a pelota toma outra direção e vai morrer dentro do gol francês após tocar de leve a trave. O lance poderia ser mais um creditado apenas aos caprichos do esporte mais popular do mundo, mas, na verdade, a situação inusitada é perfeitamente amparada pelos princípios da Física.

O livro "Física do Futebol", escrito pelo professor da UFABC Marcos Duarte em parceria com Emico Okuno, ilustra o ensinamento da disciplina com o gol histórico de Roberto Carlos e outras grandes passagens do futebol mundial. "Usamos o esporte como chamariz para ensinar Física, que fica mais atrativa aos olhos do público para o qual o livro é destinado, jovens do Ensino Médio", afirmou Duarte. No caso do gol descrito acima, boa parte da explicação está na rotação da bola em torno de seu próprio eixo e na interação dela com o ar durante a trajetória até o fundo das redes.

O livro não se limita a usar os raros momentos sublimes do futebol para explicar Física. O esforço humano realizado durante a prática do esporte também serve de matéria prima para relacionar os preceitos físicos ao movimento do corpo, à corrida dos jogadores e ao impacto sofrido pela bola em um chute. Mesmo as regras do futebol valem como metáfora para a compreensão didática das leis dos fenômenos físicos.

"Explicamos, por exemplo, o sistema de coordenadas a partir das diferentes táticas utilizadas pelos times", conta Duarte. Outra estratégia dos autores foi exemplificar fenômenos físicos como o atrito por meio da evolução de chuteiras e bolas. Materiais de origem diferente e pelotas com número de gomos que variava a cada Copa compõe um curioso panorama físico-futebolístico do esporte ao longo dos anos. A narrativa também empresta a aura de pop star dos craques aos físicos famosos ao mesclar dados biográficos de ambos, dando aos últimos a oportunidade de explicar as aparentes mágicas que ocorriam dentro de campo. Isso porque naquela tarde na França havia muito mais entre Roberto Carlos e Barthez do que poderiam supor os torcedores nas arquibancadas.

Assessoria de Comunicação e Imprensa
27/03/2012

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