Diretor da Fapesp apresenta atual estágio da pesquisa no estado de São Paulo em visita à UFABC
Evento teve encontro com pró-reitores e apresentação em auditório para docentes e pesquisadores
O diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Márcio de Castro Silva Filho, visitou a UFABC no último dia 19. Ele se reuniu com os pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, respectivamente, Wagner Carvalho e Charles Morphy. Depois de breve conversa online com o reitor da Universidade, Dácio Matheus, o diretor e os demais participantes se encaminharam para um dos auditórios, onde professores e pesquisadores da UFABC os aguardavam.
Por lá, ele falou do status da pesquisa em São Paulo, modalidades de financiamento e o papel que a ciência tem nos dias atuais. De acordo com ele, os trabalhos empreendidos no estado têm a maior visibilidade do país, chegando a 55% da produção nacional. Outro ponto importante é a presença maciça das startups.
Durante a apresentação, o diretor também trouxe números específicos da UFABC e demonstrou que a relação entre a Universidade e a Fapesp vem se estreitando. Apenas neste ano, 52 propostas da Universidade foram aceitas pela agência de fomento. Esse indicador, obtido até maio, demonstra, segundo ele, que o patamar vai ultrapassar o do ano passado, quando a UFABC conquistou 276 concessões.
Em série histórica, desde 2010, a Fapesp investiu cerca de R$ 304 milhões na Universidade. No mesmo período, a UFABC submeteu 6715 propostas, obtendo 2705 concessões, representando uma taxa de 40% de aprovações dos projetos apresentados por pesquisadoras e pesquisadores da Universidade.
Em outros gráficos, apontou o aumento da proporção das propostas de bolsa para o doutorado da Universidade (38,75% neste ano) e o aumento expressivo da submissão de pedidos de auxílio pesquisa para jovem pesquisador, que saltou de 9,30% para 23,53% da proporção total.
De acordo com Silva Filho, os dados positivos demonstram que a Universidade "deve estimular novas submissões”.
Ele defendeu um modelo de pesquisa que encontra muitas similaridades com o preconizado pela UFABC. “Não é possível que cada aparato em um laboratório seja de uso exclusivo. O mais racional é criar uma Central Multiusuário onde todos tenham acesso ao aparelho”, explicou.
Desafios da ciência
O diretor abordou também a necessidade de a divulgação científica levar à compreensão de que a ciência compõe o dia a dia de todos. “Temos de mostrar para as pessoas que o que fazemos impacta a vida delas”, disse. “As pessoas não sabem que esse trabalho é feito pelas Universidades e financiado pela Fapesp”.
Segundo Silva Filho, o desafio do momento - e que vem sendo atingido - é “recuperar o estrago da pandemia”. O número de termos de outorga concedidos pela Fapesp, por exemplo, retornou aos patamares pré-pandemia. Ele apresentou duas modalidades de financiamento que têm demonstrado a força do trabalho executado pela agência de fomento: o Primeiro Projeto, que recebeu 369 inscrições, e o Projeto Inicial, que amealhou 125 inscritos. A Fapesp é ainda a instituição que mais financia bolsas de pós-doutorado.
Além do trabalho voltado às modalidades de bolsa, a Fapesp inova ao simplificar os processos de concessão de bolsas, reduzindo os documentos necessários e os prazos para julgamento das propostas, e utilizando recursos de inteligência artificial na seleção de avaliadores. Outra novidade importante está relacionada ao financiamento para aquisição de equipamentos multiusuários, cujas propostas passam a ser institucionais, e não mais vinculadas ao pesquisador ou pesquisadora como pessoa física.
Para ele, a Fapesp trabalha para se adaptar às demandas contemporâneas. “A maioria dos doutores não está ficando na academia. Está seguindo para o mercado de trabalho. A agência de fomento, portanto, tem de se estruturar para essa realidade no estado de São Paulo”, afirmou.
Assessoria de Comunicação e Imprensa - UFABC
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