Meninas aspirantes a vagas no Ensino Superior participam do UFABC para MiN@s

Evento ocorrido entre os dias 21 e 25 incentivou as jovens a optar por carreiras STEM

A UFABC abriu espaço para incentivar meninas do Ensino Fundamental II e Ensino Médio a enveredar pelo caminho da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM – na sigla em inglês para Science, Technology, Engineering and Maths). Palestras, oficinas, mesas-redondas e visitas a empresas e laboratórios compuseram a programação do evento que ocorreu entre os dias 21 e 25 de julho.

Entre outros objetivos, o UFABC para MiN@s procurou apresentar mulheres bem-sucedidas na ciência para que sirvam de exemplo às aspirantes a uma futura vaga na Universidade.

A vice-reitora da UFABC, Mônica Schröder, iniciou sua fala na mesa de abertura tratando do desafio de organizar um evento destinado a criar interesse em uma carreira cuja formação é oferecida pela Universidade a um público tão jovem. “Essa [escolha da profissão] é uma decisão difícil porque esse é um período em que vocês estão se conhecendo e ainda não têm noção de todas as possibilidades [acadêmicas]”, afirmou.

Ela prosseguiu dizendo que a Universidade resulta de políticas públicas e nos ajuda a descobrir nosso potencial. Schröder encorajou as estudantes presentes a aproveitar a semana. “Usufruam de todas as oportunidades. A UFABC continuará de portas abertas”, disse.

Representando a Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Lidia Pancev classificou o momento como histórico. “Para vocês sentarem aqui, muita coisa foi feita”, afirmou. “Durante muitos anos, os homens eram os donos do saber. Precisamos tomar nossos lugares”, acrescentou.

O momento inicial do evento também contou com uma convidada externa. Juliana Xavier, da Rhodia, falou brevemente às pessoas presentes. Ela abordou a política da empresa voltada ao público feminino e tratou da visita que as estudantes fariam à companhia. “E que, após essa semana, fique aquele gostinho de quero mais”, disse.

O diretor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da UFABC, professor Marcos Pó, completou a mesa de abertura. Ele, que tem uma formação que mescla exatas com humanas, falou da importância dos exemplos femininos na carreira acadêmica. “Vocês também podem ser inspiração para muita gente”, explicou.

Evento de sucesso

Para a professora Juliana Berbert, coordenadora adjunta do UFABC para MiN@s - a professora Ana Neto é a coordenadora -, a edição deste ano foi extremamente positiva. “Conseguimos ampliar o número de participantes, fortalecer parcerias e oferecer uma programação ainda mais rica, com palestras, oficinas em laboratórios, e atividades de mentoria conduzidas por mulheres cientistas das mais diversas áreas. A interação entre as alunas do Ensino Médio e as pesquisadoras foi inspiradora e promoveu trocas significativas”, explicou ela.

“Outro ponto alto foi o engajamento das alunas da UFABC, que atuaram como multiplicadoras e referências para as participantes mais jovens. O evento reafirmou seu papel como espaço de incentivo, acolhimento e pertencimento para meninas interessadas em CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática na sigla em português)”, acrescentou.

O evento passou, segundo Berbert, de um formato experimental para uma proposta mais madura nas últimas edições. Isso permitiu, ela conta, estruturar melhor a programação e ampliar a diversidade das convidadas e oficinas oferecidas. “Nesta última edição, consolidamos uma metodologia de seleção mais justa e inclusiva, ampliamos a representatividade nas temáticas abordadas e investimos em ações de continuidade, como grupos de acompanhamento e canais de diálogo com as participantes após o evento”, disse a docente.

De acordo com ela, o evento influenciou muitas das últimas ingressantes na escolha por uma das formações oferecidas pela UFABC. “Muitas mencionam que, pela primeira vez, viram-se representadas em espaços de ciência e tecnologia. Isso mostra que o projeto não só contribui para despertar o interesse por CTEM, mas também fortalece a autoconfiança e o sentimento de pertencimento das meninas nesses campos historicamente masculinizados”, concluiu.

Acesse o site do projeto.

 Texto e fotos: Assessoria de Comunicação e Imprensa - UFABC.