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Crise expõe necessidade do Brasil criar nova agenda para desenvolvimento socioeconômico e redefinir seu papel na cadeia global de produção

Publicado: Quarta, 02 de Setembro de 2020, 18h29

A sessão "Desenvolvimento econômico e inovação nas cadeias produtivas globais: desafios regionais em tempos de pandemia e pós-pandemia" explorou a configuração atual do comércio entra empresas e nações. O foco foi o modelo caracterizado pelo encadeamento de unidades empresariais situadas em mais de um país – as chamadas cadeias globais de valor (CGV). Participaram pela UFABC os professores Demétrio Santos (mediador), Anapatrícia Vilha e Cristina Reis. Aroaldo da Silva representou a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC.

Dentre as informações apresentadas estavam dados coletados em levantamento realizado em abril com empresários do ramo de máquinas e equipamentos. Segundo a apuração, a crise da Covid-19 impactou gravemente a maioria das cadeias nacionais e internacionais, especialmente pelas consequências do bloqueio na China, queda da demanda, interdição logística e comercial, redução do capital de giro e restrição do trabalho. As análises iniciais mostram no horizonte tendências para processos de "desglobalização" e nova "verticalização" apoiada em redes.

O debate trouxe a preocupação com o fato de a pandemia surgir em meio à constante queda da participação da indústria no PIB nacional, acentuando a condição do Brasil de dependente comercial da produção de commodities e de gêneros agrícolas. Outra constatação apontada como grave foi não haver perspectiva do surgimento de nenhuma política pública focada no setor industrial e nem de investimento em pesquisa, tecnologia e inovação.
Um aspecto que mereceu destaque foi o sistema CGV ter conduzido a produção industrial dos países periféricos à especialização em itens específicos, sem diversificação em manufaturas finais agregadas de conhecimento e valor tecnológico. As consequências negativas desse quadro ficaram evidentes na pandemia, quando a dependência de insumos – especialmente chineses – provocou aumento de custo de aquisições e comprometeu a produção de diversos artigos, inclusive itens básicos ao enfrentamento da pandemia.
Quanto aos caminhos para retomada econômica, considerando a gradual reversão do período de confinamento, surgiu a busca por soluções embasadas no entendimento entre os diversos agentes dos sistemas produtivos e da sociedade. Uma das conclusões apresentadas foi a de que o país não pode mais adiar a agenda para retomar um modelo de desenvolvimento sustentável – além do ponto de vista ambiental – de toda a infraestrutura produtiva, social e de consumo.

Acompanhe o vídeo com a íntegra da sessão:


Assessoria de Comunicação e Imprensa

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