Ir direto para menu de acessibilidade.

Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o ufabc.edu.br, você concorda com a política de monitoramento de cookies.

Para ter mais informações como isso é feito, acesse a Norma de uso de cookies nos Portais da UFABC.

ACEITAR
Página inicial > Informes > Monitoramento Pandemia > Boletins > Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico: dados apontam número elevado de casos e internações, com tendência de queda muito lenta
Início do conteúdo da página

Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico: dados apontam número elevado de casos e internações, com tendência de queda muito lenta

A avaliação indica pela manutenção da fase 0 do plano de retomada gradual das atividades presenciais da UFABC.

Nesta quinta-feira, 14 de outubro de 2021, o Núcleo de Monitoramento e Testagem do Comitê de Planejamento e Ações de Gestão Referente ao Coronavírus da UFABC, divulga nova análise técnica sobre a situação epidemiológica dos municípios monitorados na região metropolitana de São Paulo e Baixada Santista.

Avaliamos a situação epidemiológica dos municípios de onde provém a comunidade da UFABC, a partir de uma série de indicadores apresentados abaixo, e explicados em detalhe na nota técnica que acompanhou a primeira edição deste Boletim. A partir da quinta edição, de 09/12/2020, adicionamos a Fig. 6, explanada no Adendo I.

Os dados das últimas semanas continuam apontando para uma elevada incidência de COVID-19 na população, em valores próximos aos observados durante outubro do ano passado. A tendência atual é de quase estabilidade, com queda muito lenta, como mostram a incidência calculada a partir de hospitalizações (Fig. 1), o número de notificações (Fig. 3) e de internações (Figs. 5 e 8).

O número de óbitos teve uma grande queda nos últimos meses, muito provavelmente decorrente da vacinação da população, mas a tendência de curto prazo é de estabilidade (Fig. 4).

O número reprodutivo efetivo (Rt) ficou abaixo de 1 na última semana no município de São Paulo, e próximo de 1 nos demais municípios da região.

A incidência ponderada aponta para uma fração de casos ativos na população que engloba a comunidade na faixa de 0,2 a 0,5% da população, o que indica alto risco de contágio em situações de aglomeração.

Nessas condições, a recomendação é manter o distanciamento físico e a fase 0 do plano de retomada gradual das atividades presenciais da UFABC. Porém, a análise técnica vislumbra a possibilidade de passar à fase 1, a depender da evolução dos indicadores nas próximas semanas.

Confira, abaixo, os gráficos demonstrativos da situação epidemiológica na região e, em seguida, atualizações sobre o engajamento da comunidade acadêmica na plataforma COVIData Acompanha e sobre a testagem entre as pessoas que frequentam os campi da UFABC.

Gráficos demonstrativos da situação epidemiológica

Figura 1. A incidência quinzenal de casos graves de COVID-19 ponderada pela composição da comunidade da UFABC dá uma ideia da probabilidade de uma pessoa da comunidade estar transmitindo a doença. A curva é plotada usando casos hospitalizados acumulados por 15 dias, dividido pela população total. Sabe-se que a incidência total (não só de hospitalizados) é da ordem de 30 a 40 vezes o valor mostrado (a partir de totais de casos aferidos por inquéritos sorológicos no município de São Paulo). Assim, se o índice de risco na escala acima é 2, espera-se que, para cada 1000 pessoas no campus, 7 podem estar contaminadas (0,7%) (as barras de erro vêm da incerteza do nowcasting, que busca compensar o atraso de notificação nas bases de dados. Nossa melhor estimativa é, então, que a fração de pessoas infecciosas na população se encontra numa faixa de 0,2 a 0,5%).

Figura Um - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico UFABC - Risco de COVID-19 na comunidade da UFABC

Fonte: Observatório Covid-19 BR, com dados da base SIVEP-Gripe de 2021-10-11.

 

Figura 2. O número de reprodução efetivo da epidemia (Rt) representa o número de novos indivíduos infectados a partir de cada infecção, e é uma medida de aceleração da epidemia: se Rt for maior que 1, a epidemia se expande, se for menor que 1, os casos devem cair. Essa progressão é geométrica, então mesmo diferenças de 0.1 levam a diferenças grandes no número de casos após um mês. A incerteza depende tanto do número absoluto de casos (por isso é, por exemplo, menor em São Paulo), quanto da incerteza do nowcasting do número de casos, logo tende a ser grande no fim da série, o que põe em evidência as limitações do nosso conhecimento da trajetória atual da epidemia a partir dos dados disponíveis.

Figura Dois - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico UFABC - Risco R Efetivo por Município

Fonte: Observatório Covid-19 BR, com dados da base SIVEP-Gripe de 2021-10-11.

 

Figura 3. Incidência diária dos casos de SARS-CoV-2, demonstrada por pontos (círculo cinza), média móvel de sete dias (vermelho) e regressão local LOESS (azul), a partir do primeiro caso notificado à Secretaria de Estado da Saúde, em cada um dos municípios. Para que a flexibilização do isolamento físico possa ser iniciada de forma segura, considerando o ciclo e velocidade de transmissão do SARS-CoV-2, a incidência do número de casos diários deve diminuir por trinta dias consecutivos. A grande variação diária na notificação dos casos, principalmente aos finais de semana, é corrigida no cálculo da média móvel de sete dias. A regressão local permite observar a tendência de diminuição ou aumento da incidência ao longo do tempo enquanto que a observação da média móvel revela os valores de queda em números absolutos diários. Portanto, a queda da incidência por trinta dias consecutivos deve ser observada nos números da média móvel de sete dias e em nenhuma das cidades que compõem a comunidade UFABC, o período de 30 dias de queda constante na incidência ocorreu. Observa-se na última semana de notificação um aumento no número de casos na maioria das cidades que compõem a comunidade.

Figura Três Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Média Móvel de notificações de casos da COVID-19 nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo de 25-02-2020 a 08-10-2021, compilados pelo brasil.io, por data de notificação.

 

Figura 4. Incidência diária dos óbitos decorrentes de infecção por SARS-CoV-2, demonstrada por pontos (círculo cinza), média móvel de sete dias (vermelho) e regressão local LOESS (azul), a partir do primeiro óbito notificado à Secretaria de Estado da Saúde, em cada um dos municípios. A observação do número de óbitos diários calculado pela média móvel de 7 dias registrados para cada município acompanha de certa forma as curvas de incidência descritas na figura 3. A relação entre a incidência de óbitos e de casos notificados pode auxiliar na observação da taxa de letalidade da doença na população. Uma diminuição dessa taxa poderia ser um reflexo de maior sucesso no tratamento dos doentes por parte das equipes médicas. Entretanto, é importante ressaltar que para que esse cálculo seja realizado é necessário conhecer o número total de casos por diagnóstico em massa ou por inferência a partir de inquéritos sorológicos. Estes dados não estão disponíveis para a grande maioria dos municípios que fazem parte da comunidade UFABC.

Figura Quatro - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Média móvel de óbitos nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo de 25-02-2020 a 08-10-2021, compilados pelo brasil.io, por data de notificação.

 

Figura 5. Número de novos casos hospitalizados (incidência de casos graves) confirmados com COVID-19, por dia de primeiro sintoma dos casos notificados, corrigido por nowcasting (pontos em vermelho) para os municípios de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo, Mauá, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos, Osasco, e Santos. As barras de erro correspondem à incerteza do nowcasting; a figura 1 é obtida a partir desses gráficos.

Figura 5 - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Casos graves novos de covid-19 nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: Observatório Covid-19 BR, com dados da base SIVEP-Gripe de 2021-10-11.

 

Figura 6. Número acumulado de casos de SARS-CoV-2 ao longo do tempo, a partir do primeiro caso notificado por município. A observação do número de casos diários notificados de SARS-CoV-2 acumulados ao longo do tempo permite acompanhar a evolução da epidemia. Enquanto a curva de casos diários acumulados estiver ascendente podemos afirmar que a transmissão do vírus continua ocorrendo na população. Quando essa curva atingir um platô por um período superior a trinta dias é possível afirmar que a epidemia está controlada e portanto, a transmissão do vírus é praticamente nula, com zero ocorrência de casos novos.

Figura Seis - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Notificação acumulada de casos de Covid-19 nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo de 25-02-2020 a 08-10-2021, compilados pelo brasil.io, por data de notificação.

 

Figura 7. Número acumulado de óbitos decorrentes de infecção por SARS-CoV-2 ao longo do tempo, a partir do primeiro óbito notificado por município. Os casos letais de COVID-19 ocorrem de modo geral, 10 a 35 dias após a infecção pelo vírus. O número de óbitos acumulados permite acompanhar a letalidade causada pelo SARS-CoV-2 quando comparado ao número de casos novos diários. Este parâmetro pode indicar controle da epidemia quando a curva resultante atingir um platô (zero óbitos novos diários) por mais de 30 dias, após permanência do platô da curva de casos novos acumulados, descrita na figura 6, também por 30 dias.

Figura Sete - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Óbitos acumulados de covid-19 nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo de 25-02-2020 a 08-10-2021, compilados pelo brasil.io, por data de notificação.

 

Figura 8. Número de novas internações, em UTI ou enfermaria, de pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19 nos últimos 7 dias. Este parâmetro tem menor atraso de notificação, então responde mais rapidamente a tendências de curto prazo, mas a cobertura de hospitais que notificam varia ao longo do tempo, dificultando a comparação entre datas distantes ou a incidência total. Ele pode indicar controle da epidemia quando a curva atingir valores consistentemente baixos (próximo de zero novos casos) por mais de 30 dias.

Figura Oito - Vigésimo Sexto Boletim Epidemiológico da UFABC - Internações por covid-19 nas cidades da região metropolitana de São Paulo

Fonte: dados da Seade compilados a partir do Censo COVID SP, atualizados em 13-10-2021.


Informações sobre o engajamento da comunidade UFABC à plataforma de COVIData Acompanha

Total de cadastros recebidos até 13/10/2021

2568

Discentes (graduação e pós-graduação)

1682

Servidores (docentes e técnicos administrativos)

737

Pesquisadores colaboradores e externos

4

Trabalhadores terceirizados

145

Início do monitoramento virtual: 10/03/2021


Informações do Hospital de Campanha da UFABC

Em 27 de julho de 2021, a Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Santo André informou que o Hospital de Campanha da UFABC começaria a ser desativado. A remoção dos equipamentos já ocorreu e o Hospital de Campanha da UFABC está desativado desde o final de julho de 2021.


Informação sobre as testagens semanais

A partir do dia 24 de maio de 2021, todos que necessitem comparecer aos Campi da UFABC durante a pandemia, no período de suspensão das atividades presenciais da Instituição, realizam o teste para detecção de SARS-CoV-2 em saliva, autocoletada. O teste consiste na detecção do vírus por transcrição reversa e reação em cadeia da polimerase (RT/PCR) quantitativo (em tempo real) utilizando dois marcadores direcionados à proteína do nucleocapsídeo viral. Para controle de qualidade dos ácidos nucléicos extraídos a partir da saliva é utilizado o marcador para a detecção do gene que codifica a RNAse P humana. O protocolo de RT/PCR quantitativo utilizado é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), sendo considerado o padrão ouro na detecção do SARS-CoV-2.

Semana

Número de pessoas testadas

Número de testes positivos para SARS-CoV-2

1

(24/05/2021 a 28/05/2021)

 

457

 

1 (0,2%)

2

(31/05/2021 a 2/06/2021)

 

348

 

5 (1,4%)

3

(07/06/2021 a 11/06/2021)

 

413

 

0

4

(14/06/2021 a 18/06/2021)

 

442

 

0

5

(21/06/2021 a 25/06/2021)

 

426

 

2 (0,5%)

6

(28/06/2021 a 02/07/2021)

 

426

 

0

7

(05/07/2021 a 08/07/2021)

 

395

 

0

8

(12/07/2021 a 16/07/2021)

 

463

 

0

9

(19/07/2021 a 23/07/2021)

 

458

 

5 (1,1%)

10

(26/07/2021 a 30/07/2021)

 

437

 

3 (0,7%)

11

(31/07/2021 a 06/08/2021)

437

1 (0,7%)

12

(07/08/2021 a 13/08/2021)

442

0

13

(14/08/2021 a 19/08/2021)

471

1 (0,2%)

14

(20/08/2021 a 27/08/2021)

471

3 (0,6%)

15

(28/08/2021 a 03/09/2021)

454

2 (0,4%)

16

(04/09/2021 a 10/09/2021)

320

0

17

(11/09/2021 a 17/09/2021)

476

2 (0,4%)

18

(18/09/2021 a 24/09/2021)

465

1 (0,2%)

19

(25/09/2021 a 01/10/2021)

485

3 (0,6%)

20

(02/10/2021 a 08/10/2021)

459

1 (0,2%)

Início da testagem: 24 de maio de 2021 (atualização em 08-10-2021).

Registrado em: Boletins
Marcador(es):
Fim do conteúdo da página