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Pesquisador da UFABC investiga como situações de stress danificam as células

Publicado: Segunda, 10 de Dezembro de 2018, 14h45

10 12 18bUm trabalho coordenado pelo Prof. Dr. Rodrigo Maghdissian Cordeiro, do Centro de Ciências Naturais e Humanas da UFABC, intitulado Molecular structure and permeability at the interface between phase-separated membrane domains, foi publicado no Journal of Physical Chemistry B, como matéria de capa. 

Segundo o professor Rodrigo, “o objetivo é compreender melhor de que maneira o dano oxidativo, como aquele promovido em processos de envelhecimento, afeta as propriedades da membrana celular. O resultado pode um dia, por exemplo, ajudar a compreender melhor o mecanismo de doenças neurodegenerativas como Alzheimer. Por enquanto, estamos dando os primeiros passos para entender como a membrana responde a situações de stress, como oxidação, desidratação e baixa temperatura”. 

O trabalho investigou o comportamento de bicamadas lipídicas, estruturas que compõe as membranas celulares. “Em geral, bicamadas formam barreiras que controlam a passagem de substâncias químicas e impedem o vazamento do conteúdo das células. Em certas situações, porém, essa capacidade pode ser perdida, ocasionando dano celular e o desenvolvimento de doenças. Sabe-se, por exemplo, que a membrana tem um pico de vazamento quando é resfriada e atinge a chamada temperatura de transição, na qual ela deixa de ser fluída e torna-se um gel. Apesar de conhecido há 40 anos, esse fenômeno não tinha uma explicação satisfatória”, explica o pesquisador. 

Utilizando os supercomputadores da UFABC, foi simulado o comportamento dos lipídios de membrana na transição fluído/gel: “Nós demonstramos que, conforme a temperatura diminui, a membrana sofre uma deformação elástica que favorece a formação de poros nas regiões fronteiriças entre os distritos que continuam na fase fluída, e aqueles que já passaram para a fase gel. Os resultados sugerem que as fronteiras entre domínios de membrana podem interferir com fenômenos de transporte e sinalização celular”. 

Além da temperatura, existe uma infinidade de fatores que levam os lipídios de membrana a se segregar. A estudante de mestrado Maria Cecília Oliveira tem investigado o papel do dano oxidativo, comumente associado a processos de envelhecimento. De acordo com o professor, o trabalho é promissor: “Já colhemos os primeiros resultados, com a publicação de um artigo no renomado Journal of the American Chemical Society, fruto de uma colaboração teórico-experimental com o grupo do professor Maurício Baptista, da USP. Pretendemos expandir nossos estudos para compreender melhor as relações entre oxidação lipídica, formação de domínios e dano celular”. 

Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC

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