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Projeto apoia a população LGBTQIA+ em vulnerabilidade socioeconômica

Publicado: Segunda, 14 de Setembro de 2020, 18h30

Diante da Covid-19 e por consequência da quarentena e do isolamento social, a população LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros, Queers, Intersexos, Assexuais), ou seja, todas e todos com sexo-gênero dissidente, fazem parte do grupo das pessoas mais vulneráveis. O projeto busca trazer benefícios para essas pessoas, que estão em extrema vulnerabilidade socioeconômica, e são residentes nos sete municípios do Grande ABC (Santo André, São Caetano, São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra). Membros da comunidade acadêmica da UFABC que se encontram na mesma condição, também são assistidas.

O projeto parte da compreensão de que ser parte da comunidade sexo-gênero dissidente acarreta a exposição a violências cis-hetero-normativas, as quais se manifestam, por exemplo, na alienação parental, quebra de vínculos com a família, dificuldades de inserção e manutenção no mercado de trabalho e, principalmente, em dificuldades no acesso a políticas públicas básicas nas áreas de educação, saúde, habitação e assistência social, entre outras. Assim a população LGBTQIA+ tem passado por diversas situações que configuram formas de discriminação, como a inclusão no mercado de trabalho limitada a subempregos, e sendo passível de demissão por sua orientação de sexo-gênero, não por sua competência profissional e dedicação ao trabalho, às vezes, essas pessoas encontram-se excluídas do mercado formal de trabalho, o que as leva a uma situação ainda mais precária. 

Uma parte considerável da população LGBTQIA+ tenta manter-se em termos socioeconômicos por meio de atividades autônomas, como, por exemplo, trabalhando nas profissões e atividades de cabeleireira, faxineira, vendedor ambulante e prostituição. Pagar o aluguel, comprar comida e itens de higiene torna-se um desafio. Diante desse cenário, os integrantes do projeto Sobre(Viver), coordenados pela professora Vanessa Elias de Oliveira, buscam formas de ajuda para que muitas pessoas possam ter o direito de viver em condições dignas, especialmente nesse momento de pandemia, que demanda autocuidado e preservação de si para a preservação de todos. 

Dessa forma o projeto busca mapear a população LGBTQIA+ em extrema vulnerabilidade socioeconômica de forma fornecer subsídios a um plano emergencial nos municípios do Grande ABC, como parte das ações imprescindíveis ao enfrentamento da Covid19. Para tanto, as ações desenvolvidas visam a mapear a localização dessas pessoas no território objeto do projeto, de modo a possibilitar informação adequada sobre esta doença, o acesso a serviços de saúde, como também a políticas públicas de transferência de renda e de combate à violência. Com base na localização dessas pessoas, torna-se possível fornecer insumos que visam à segurança alimentar e à prevenção à pandemia, garantindo, neste momento, de forma emergencial, a sobrevivência digna do público-alvo que se encontra ainda mais vulnerável neste atual contexto da doença. 

O projeto desenvolveu diversas ações, com ajuda de doações fornecidas por empresas privadas e com o trabalho de organizações não governamentais executoras: Coletivo LGBTI Prisma – Dandara dos Santos; Casa Neon Cunha; IBRAT- ABC – Instituto Brasileiro de Transmasculinidades ATRAVESSAM – Associação Travestis e Transexuais de Santo André e Mauá; e Coletivo OSCIP Parcel). Destacam-se os seguintes resultados até o momento: 

• Mapeamento das pessoas LGBTI+ em vulnerabilidade nos sete municípios do Grande ABC;
• Mapeamento dos equipamentos públicos de assistência social e de saúde;
• Divulgação das unidades de saúde que atendem casos suspeitos de Covid-19 nos sete municípios da região;
• Entrega de 900 cestas básicas;
• Entrega de 500 kits de higiene pessoal;
• Entrega de 10.000 máscaras de pano para proteção biológica;
• Entrega de 1.000 refeições (marmitex) para a população LGBTI+ em situação de rua;
• Atendimento psicológico a de cerca de 70 pessoas LGBTI+;
• Suporte jurídico para auxiliar na emissão de documentos e no acesso a políticas de transferências de renda e no combate à violência contra LGBTI+, com foco em mulheres cisgêneras e transgêneras. 

Por meio do mapeamento, a população LGBTI+ em vulnerabilidade identificada e seus integrantes divididos em Grupos de Trabalho temáticos. Com o mapeamento dos LGBTI+ pode ser visto onde essa população mora e também saber das necessidades dos beneficiários do projeto. Diante dessas informações são agendadas visitas, ou um local é marcado, em cada cidade, para acolhimento e entrega das cestas básicas, máscaras e produtos de higiene pessoal. 

Um formulário próprio para pessoas LGBTI+ é utilizado para que estas possam solicitar ajuda psicológica. Uma equipe de aproximadamente 23 psicólogos entra em contato, faz a triagem e fecha o tipo de atendimento a ser feito, que ocorre por meio de mídias virtuais. O atendimento é mantido de acordo com o tempo que o psicólogo achar necessário e o beneficiário aceitar, podendo ser estendido por semanas ou meses, atendimento jurídico também é feito por solicitação via formulário. Integrantes do projeto entram em contato para viabilizar e atender a demanda. 

 

10 08 20 p17

Para mais informações, acesse a página e o vídeo sobre o projeto: 

 

#NósPeloBemComum 

Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC

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